quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Verbo, invariáveis, valores e emoção.

Fim de ano. Fim de bimestre. Fim de semestre. Fim de contatos que tivemos o ano inteiro com pessoas vindas de fora. Acho muito ruim quando a pessoa inicia o ensino médio em um colégio, passando, posteriormente a outro. Dizem muito: “Cada escola tem um ensino diferente”. As escolas são dotadas de mesmas regras impostas no órgão que as rege. Todas devem ensinar obrigatoriamente, o inglês, Ensino Religioso, Educação Física, Sociologia e agora, aula de música nas escolas públicas. O ruim é que mesmo assim, muitos alunos não sabem aproveitar essa oportunidade. Ano passado tinha o espanhol no colégio, mas tinha que ir à tarde pro colégio. Aí não é questão de não saber aproveitar, é porque era difícil voltar à tarde mesmo. O que aconteceu? Esse ano não foi nos permitido ensino do Espanhol.
As matérias nas escolas são as mesmas. Não tem isso de colégio muito diferente ou muito igual. O ambiente é composto daquilo que o faz parte. Aí sim, pode estar a diferença. Mas depois dirão que todos são iguais. E isso daí já é outra história. Não sejamos sensacionalistas ou o que isso for chamado.
O que influi no comportamento de um professor na sala de aula é o comportamento dos alunos. Não podendo esquecer do que uma professora disse: “Meninos, professor é gente também!”.
Professores querem demais. Professores não estão nem aí. Professores conhecem nossos pais. Professores não sabem nada de nós. Pôxa vida! É claro que sabem. São eles que olham nossas respostas sábias, reveladoras e surpreendentes merecedoras de notas máximas, mas são os mesmos que olham as inevitáveis respostas sem nexo e embromadoras merecedoras de décimo de consolação. Os professores dizem que os alunos que tiram nota ruim são uns folgados por que não tem nenhuma preocupação que o pudesse tirar a concentração. Os professores dizem que os alunos têm preocupações, mas não são nada ameaçadoras que interrompam a capacidade de prestar atenção.
Sou fã de alguns desses mestres. Poucos, mesmo que poucos passam despercebidos em minha memória.
Talvez os que passam despercebidos não tenham culpa ou então isso nem os interessa e nem se lembrem de mim.
Então tente lembrar o nome dos professores desde o Jardim!Confirmará então, que há sempre algum(ns) que a gente não se lembrava há tempos.
As escolas estão cada vez mais instigando a competição entre os alunos. Sempre fui contra isso. Mas como é que a gente diz que é contra, se vive isso todo dia? Dizem que “Amigos amigos, negócios à parte”. Vão dizer também: “Amigos amigos, escola à parte”. Já que na verdade a escola se torna um negócio.
Acho é que competimos todos os dias, não (só)com os nossos convivas e sim com nosso interior. A nossa capacidade não é alterada ou diminuída com a nota de um colega. Notas boas são o resultado de esforço e preparo, atenção e de bem-estar. O bem-estar inclui um monte de coisas: campanha política, separação, namoro, morte. Coisas que acontecem de maneira única, mas que são vivenciadas por todos em algum momento.
Dizem também que a educação é papel dos pais em casa e o papel do colégio é o acréscimo de conhecimento.
Alguém já leu o texto “Educação de Valores e Emoções já!” ? Diz mais ou menos que o
filho comete uma,duas três pequenas faltas. O pai sabe. A mãe e os irmãos, também. A família se cala. A família consente e lá se vão os valores familiares.
O cidadão comete uma, duas, três infrações. O aluno comete uma, duas, três faltas.
A família consentiu. A escola consentiu. A Igreja consentiu. O Governo consentiu. A sociedade consentiu. ....
“Quando se ouviu um grito uníssono da boca do povo brasileiro. – Basta. Não vamos ficar calados mais. Não consentiremos mais. E então surge um novo item na Agenda da Nação Brasileira para o 3º Milênio: - Educação de valores e emoções já!
Na família, na escola e no governo”
... E na verdade, nos corações também.
Meu professor me disse que buscamos incessantemente em algo, a esperança para a salvação do mundo, quando na verdade somos nós os responsáveis pelas duas vertentes: a destruição e a salvação.
A vida da gente acontece todos os dias voltada pra certas coisas invariáveis. Família, escola, estudos, amigos, sucesso. Fala-se mais em Ética em sociedade do que em amor. E onde entra o amor? Ou melhor, onde é que ele se encontra? E se vierem me dizer que falar de amar em sociedade é brega, digo então que esse ou essa daí não sabem nada de valores. E é por essas pessoas que nosso mundo está assim. E como é que o nosso mundo está mesmo?
Por isso, Educação de VALORES e EMOÇÕES,JÁ!Até a próxima!

4 comentários:

Unknown disse...

Isso mesmoo Isaa.
Estamos perdendo os valores
(claro que não são todos).
Dentro da sala todos são de um jeito e fora são de outro. E muitas vezes na escola, os alunos deixam de lado seus valores, apenas para serem populares. Mas não existe isso de "popular", cada um tem a sua importância dentro da escola. E a competição é péssima, se você tirou uma boa nota ou não, os outros não tem nada a ver com isso, pois cada um tem suas preocupações. E devemos respeitar os nossos professores, porque é a ele que devemos agradecer pela nossa formação, pelo o nosso conhecimento. Educação de VALORES e EMOÇÕES já!
PS:eu não ia nas aulas à tarde de Espanhol ^^'
Beijoo Isaa

Unknown disse...

Esse teexto aboordou tanto assunto né Isaa. Coisas q nos levam a refletiir e repensar alguns conceeitos!
beeijoo

Neto disse...

A educação esta a srviço da sociedade, e hoje, a sociedade prioriza o mercado. Infelismente a escola pública não recebe o devido amparo do governo, os professores tem péssimos salários, a estrutura fisica é precária e o ensino é defasado. As escolas particulares estimulam a competição, e o melhor "preparo" para o mercado é o diferencial que ela buscam. "Você tem que passar no vestibular" e os valores são sucumbidos. Na daculdade não é diferente, as pessoas querem arrqanjar formas de ganhar dinheiro, pensar não é uma constante para a maioria dos universitários. É uma parte do sistema, que inclui a visão de familia, trabalho, instituições religiosas, comunicação de massa, e principalmente o consumo.

Educação de valores e emoções já!!

Mateus disse...

Amor: uma criação humana. Existente em nossas cabeças, no coração como também em várias outras partes do corpo aonde acontecem reações químicas referentes aos sentimentos.
Renato Russo já dizia: é muito difícil tentar concertar (ou "consertar", não me lembro a regra) os outros então vamos a gente concertar a gente mesmo. Eu ando pensando muito assim.
Interessante saber que um professor declarou que os problemas dos alunos não são amplos a ponto de atrapalharem em alguma coisa. Eu fui mesmo muito chato no meu Ensino Médio, não gostava de perder aula, falava que todo mundo tinha que estudar e provava que dava pra fechar as provas. Claro que fiz minha contribuição pra incentivar os colegas a estudarem (da minha maneira), mas de fato fui um chato. As pessoas trabalham, brigam com a família, não têm dinheiro pra ter uma vida digna e ainda por cima têm que estudar matemática, química e física, que não condiz em nada com aquelas realidades. Quem sabe aprendessem culinária, dicas de estética, economia e direito pudessem se sair melhor na vida ao invés de só na escola. São tantos os defeitos do ensino!
Mas é uma fase maravilhosa da vida, a gente faz alguns amigos, faz também desafetos, mas brinca, pula, grita e se comporta. A gente fica triste quando alguém vai embora, mas a vida é assim.
Muitos caminham pra sabedoria, outros para a solidariedade, alguns para o lucro, outros para a vagabundagem. São várias escolhas, umas subentendidas outras declaradas. O importante é ser feliz, não é?