que eu não me escondo
de ninguém.
Quero estar sempre buscando. E quando tropeçar na estrada, me levantar, e continuar andando.
Quero criar um conto. Mistério, Fantástico, Humor, drama, viagem, pessoas, um presente. E que as minhas inspirações sejam um papel caído, o barulho da água, uma mordida na maçã, um soluço bobo, ou um sonho, uma criança sorrindo, um desenho animado, a chuva sussurando em meus ouvidos.
Quero estar em uma peça de teatro e sutilmente, disfarçadamente, fazer a imaginação fluir, e fazer sorrir aos tristonhos e comover aos insensíveis e desatensos.
Quero continuar a ver milagres.
Quero ler meu livro.
Declamar minhas poesias.
Quero agradecer a quem nunca vai e sempre me estende a palavra, a música.
E desejar felicidade aos que foram sem dizer adeus.
Quero ouvir Milton,Djavan, Chico. E ler Clarice, Cecília e Vinícius.
E reler a infância, um Pedro Bandeira, um Exupéry ou um outro conhecido ou não, mas que saiba tocar com as palavras certas e abraçar meu coração.
Quero imaginar um mundo em que os valores ainda valham, e onde quem esteja indignado saia gritando.
E quem não estiver contente, diga simplesmente, ao invés de fechar os olhos, os ouvidos e enrubescer a face.
Não quero esquecer do que vivi, nem de onde comecei.
Não quero esquecer a minha busca.
Nem o conto que eu criar.
Nem os gerúndios e locuções verbais que eu usar como nesse escrito e nem os Verbos que eu soltar.
Nem o teatro em que eu participar.
Nem os milagres.
Nem meu livro.
Ah, e nem os filmes que vi.
Nem minha poesia.
Nem as músicas e os textos.
Nem tentar falar muito de mim, como isso assim.
Porque ainda sou jovem, ainda viva, ainda sonhadora,